A PROPAGANDA DE MÃO DUPLA- PARTE I [09-10-11]
Aqui faço uma análise da propaganda da HOPE com Gisele Bündchen sobre o charme da mulher brasileira e seus usos:
HOPE ensina como as mulheres devem se portar para conseguir vantagens com o sexo oposto: “Você é brasileira, use seu charme”:
Para quem ainda não assitiu a propaganda:
1- Vendo a modelo, seja em roupas “comuns”, seja em mínimas lingeries não dá como não olhar para os detalhes dos acessórios usados, como está seu cabelo, postura, forma do corpo, tudo o que são taxados para nós como padrões estéticos a serem perseguidos, seguidos, almejados;
2- A modelo tida como a que consegue se aproximar do perfil estético de mulher perfeita, nos moldes culturais capitalistas e eurocêntricos vigentes: alta, magra, “tudo no lugar”. Esta modelo, exemplo de mulher, fala para a massa de mulheres que têm ideologicamente incutidos em suas mentes o “desejo”, a “necessidade” de alcançar estes perfis estéticos de magreza, tons de pele, tipo, cor e textura de cabelos, forma e tipo físico, sem falar nas conquistas sociais e econômicas da modelo;
3- Os enquadramentos da imagem no busto e rosto da modelo permitem que nos identifiquemos com: a voz melosa, a expressão facial de coitadinha e ao mesmo tempo sexy, a forma de falar como se não estivesse dando notícias ruins, mas sim falando palavras de amor;
4- As notícias dadas de maneira expansiva, por vezes até alegre fazem por si só que o interlocutor se desarme diante daquela que lhe transmite sensações positivas. Apenas as palavras que a modelo emite trás notícias ruins, todo o resto do conjunto: expressão fácil, postura corporal, cuidados estéticos, tom de voz, apelo visual trazem tranquilidade e abre asas para que o receptor desvie sua atenção da notícia para o que nela está implícito: o que será que está implícito?
E em pensar que são apenas 49 segundos apelativos de comercial televisivo!
A PROPAGANDA DE MÃO DUPLA- PARTE II
Após assistir a propaganda da lingerie com Gisele Bündchen busquei escrever as impressões que obtive da mesma. Após assistí-la voltei ao texto escrito por Ruth de Aquino para o Observatório da Imprensa, mas que também publicou na revista. Eis as considerações que escrevi em:
Obs: em branco está reproduzido o texto de Ruth, em azul encontram-se meus comentários sobre o mesmo.
Certo ou errado? [difícil pergunta. Depende de que referencias parto para a análise] Gisele Bündchen, de lingerie e salto alto, seduz seu homem (e os nossos também) no comercial de TV. A modelo dá más notícias para o marido. “Amor, mamãe vem morar com a gente.” “Estourei seu cartão de crédito.” “Bati com seu carro.” Gisele séria, de vestido comportado [mesmo assim consegue passar transmitir mensagens às mulheres: como devem se vestir, maquiladas sempre, apresentáveis para o sexo masculino]. E sensual, de calcinha e sutiã. “Você é brasileira, use seu charme”, diz a publicidade. A Secretaria de Políticas para Mulheres (SPM) do governo Dilma achou a mensagem “preconceituosa [no sentido de que ao selecionar: não é qualquer mulher, é a brasileira, tida nos estereótipos europeus como aquela devassa, que seduz, pronta para ...] e discriminatória [ no sentido de que, devido aos padrões de beleza estabelecidos socialmente, nem toda mulher encontrar-se-ia na posição de seduzir, como se fosse destituídas de charme]” e quer tirar Gisele do ar [não é a Gisele que a secretária, que aliás nem foi apresentado seu nome, deseja tirar do ar, mas as mensagens que a propaganda transmite a telespectadora num momento da sociedade brasileira em que a política do estado se afirma como levantando a bandeira de conquistas, maiores espaços e direitos para as mulheres na sociedade].
Desconfio que a Hope, marca da lingerie, tenha contratado as mulheres de Dilma para bombar a campanha [ao mostrar-se contra a propaganda faz com que a mesma seja mais vista, discutida, polemizada e consequentemente promove a marca e/ou produto]. O anúncio com a modelo mais bem paga do planeta virou uma sensação. Em inglês, francês, italiano, espanhol. A ameaça de censura do governo rodou o mundo. Vídeos legendados em diversos idiomas mostram Gisele no duplo papel. A esposa recatada. E a gata provocante. Tudo para vender lingerie... para as mulheres [para as mulheres mesmo? Ou estas são apenas o veículo de consumo primário: porque a compram e a vestem. Afinal quem realmente esta se beneficiando da mulher usar esta lingerie?].
Acho o anúncio divertido, leve, maroto [interessante termos uma jornalista expressando “livremente” sua opinião sobre uma propaganda. Seu posicionamento talvez seja desde o início não a defesa da propaganda, mas da marca, da mercadoria, do capital por trás dela]. Não me senti ofendida. E olha que sou chefe de família, como 30% das brasileiras. Fico boba com a falta de humor e rebolado da tal secretaria do governo. A nota de repúdio ao Conar, conselho que regulamenta a publicidade, usa uma linguagem pesada como a burca. Inspire. “O anúncio reforça o estereótipo equivocado da mulher como objeto sexual e ignora os grandes avanços alcançados para desconstruir práticas e pensamentos sexistas.” Expire. Conseguiu ler até o fim? Ah, falta explicar que o governo recebeu 15 – quinze! – queixas de telespectadores indignados com a publicidade. Uma multidão. Por isso, a ministra Iriny Lopes foi à luta contra a lingerie incorreta [o fato de ir a luta contra as mensagens expressas e implícitas na propaganda não tem haver com a quantidade de queixas, uma vez que não podemos esperar que a opinião pública se manifeste contrária a algo para que tomemos posicionamento crítico em repúdio ou defesa a ele] .
Objetos sexuais
Que tal uma teoria inversa? O anúncio na verdade mostraria o homem como objeto de manipulação das mulheres e não o contrário. O homem é um tolo que cai de quatro para o poder da sedução feminina. Em vez de macho fulo de raiva com o cartão de crédito estourado, o carro batido e a vinda da sogra, o marido invisível se submete, dócil, ao charme de sua mulher.
Quem achou Gisele apelativa? Luana Piovani! A atriz, que vive semipelada no cinema, na televisão e no teatro, disse: “Sei lá, sou meio feminista”. “Não curto mulher de fio dental vendendo cerveja.” Depois de processar Dado Bolabella (ops, Dolabella) por ter levado uns tapas dele na boate, Luana vai ser mãe e acha que “representa as mulheres brasileiras”. Diz que só usa lingerie em festinhas para o marido e que “faz mulher-objeto, mas só na dramaturgia”. Senti uma pontinha de inveja da mulher invisível pela diva brejeira e simpática [desconstrói-se a imagem de uma para se edificar e enaltecer a imagem da outra...].
Fui saber a opinião do publicitário Armando Strozenberg, presidente da 3ª Câmara do Conar, do Rio de Janeiro. “Quando vi o comercial, fiz o seguinte exercício: eu colocaria um homem no lugar da Gisele? Nas mesmas duas situações? Claro que colocaria”, diz ele. “A sedução, no Brasil, é mútua. É coisa nossa. E o comercial é uma brincadeira que lida com esse universo. Não desmerece a mulher [brincadeira, eu não li o que aqui está escrito, não pode ser. Primeiro perguntou a um homem, segundo: sendo este homem um publicitário. O que mais ele diria?].”
Penso nas cenas de novela com atores sem camisa, mostrando o peitoral, de sunga, de cueca, tomando banhos demorados, ou mesmo de bundinha de fora. Uma exibição deliberada de músculos, barriga tanquinho e testosterona. As mulheres gostam e suspiram. E ninguém reclama que os homens sejam objetos sexuais – eles até gostam. Não gostam?
Olhar incrédulo
Não somos Giseles. Estamos longe disso [esta afirmação não se aplica, pois a idealização da mulher perfeita foi feita para este fim: sempre nos sentirmos loooongggggeee, termos estes padrões como desejados, mas sem tanto sucesso de alcance]. Mas cada uma de nós tem algo especial para seu homem – nem que seja o sorriso aberto, o olhar sugestivo, um colo ou [contente-se mulher com o que você tem: não está de acordo aos padrões estabelecidos, sorria e quem sabe encanta com ele seu homem....]... E vice-versa. Há 16 anos, eu fazia mestrado em Londres, não havia internet e, em vez de gastar palavreado em cartas para o namorado artista plástico no Brasil, eu mesma fiz uma série de fotos minhas de lingerie e salto alto. Enviava a ele pelo correio uma vez por semana, toda segunda-feira. Eram cartões-postais personalizados. Um “teaser”, na linguagem publicitária [sem comentários...]. Ele se dizia ansioso a cada novidade semanal do correio.
Quando contei isso a algumas amigas, me olharam incrédulas. E como ficava a imagem de jornalista séria e “meio feminista”? Por que fez isso, Ruth ? Para brincar, seduzir, surpreender e agradar ao namorado. Estamos juntos até hoje [entenderam a receita e mensagem mulheres?].
***
[Ruth de Aquino é colunista da revista Época]
[comentários: Izabel Xavier]
Como anda a alimentação nossa de cada dia?
Pesquisa do IBGE:
Os alimentos in natura são mais consumidos na zona rural, enquanto que os processados são mais frequentes na zona urbana, segundo pesquisa sobre os hábitos alimentares brasileiros, divulgada hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base em dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF).
[...]
A alimentação do brasileiro evidencia o choque de gerações à mesa. A pesquisa do IBGE mostra que a refeição de adolescentes, adultos e jovens se assemelha na base feijão com arroz e carne. A partir daí, a alimentação do jovem é completamente diferente da dos mais velhos. Em relação aos idosos, os adolescentes consomem três vezes mais refrigerante, quase o dobro de sucos e refrescos prontos, três vezes mais sanduíches e 20 vezes mais biscoitos recheados, diariamente.
Reportagem completa: http://www.atarde.com.br/noticia.jsf?id=5749422
Ao ler esta reportagem me veio à cabeça: quantos mais de nós terão pressão alta, diabetes e colesterol avançados? Que implicações estas discrepancias alimentares tem haver com minha sala de aula?
A SUPREMACIA DE NOSSA DESUMANIDADE 21/10/11
Absurdamente esta é a foto, que está circulando pela internet, do ditador Líbio Muamar Kadafi. Política, jogos de interesses e favorecimentos à parte o que choca é a frivolidade do ser humano: o que importa para muitos que estão ali é tirar fotos!
O mais importante no momento para nossa sociedade do espetáculo é ter fotos para mostrar, um ângulo fotográfico que ninguém percebeu para vender aos jornais e revistas do mundo. Que importa se é um homem quem está morto? Vamos fotografar, gravar minha gente: não podemos perder nenhum detalhe...
CRISES CAPITALISTAS
Termina hoje a reunião anul do G-20 [grupo das vinte maiores economias do mundo] que está acontecendo na França. A Folha de São Paulo on line trouxe uma reportagem sobre o evento. Podem conferí-la aqui: http://www1.folha.uol.com.br/bbc/1001463-g20-tenta-fechar-plano-para-conter-crise-europeia.shtml
Lendo esta reportagem não pude deixar de tecer comentários sobre a mesma, portanto posto a reportagem na íntegra abaixo e em azul meus comentários. Boa leitura!
G20 tenta fechar plano para conter [conter, não acabar e sabe por quê? Não podem fazê-lo mantendo a exploração capitalista que está ai!] crise europeia
Os líderes das 20 principais economias do mundo [os mais preocupados em salvoguardar seus interesses ou os daqueles que dominam a ordem econômica vigente] encerram nesta sexta-feira em Cannes, na França, a cúpula anual [precisam se encontrar periodicamente, haja vista que as crises capitalistas estão sendo cada vez maiores e em menos espaço de tempo] do G20, tentando encontrar soluções para a crise das dívidas [sempre haverão países em dívida, a cobrança de juros é absurda!] europeias e para o resgate da Grécia [porque precisam resgatar a Grécia? Sabemos que o país está quebrado, mas o porque apenas não ficam sentados vendo a Grécia se esborrachar? Porque não podem! A Grécia quebrando o país vai buscar soluções e ela, no momento só se encontra no socialismo], assuntos que vêm dominando as discussões no balneário desde antes do início oficial da reunião.
Entre as possíveis alternativas discutidas na reunião está a disponibilização de centenas de bilhões de dólares em linhas de crédito pelo FMI [mais linhas de crédito, mais dívidas pra o futuro... injeção de capital para recuperar o que é irrecuperável: o sistema], para dar garantias a países em dificuldades para honrar [se não honrarem suas dívidas quebram os outros países, aqueles que são seus credores] suas dívidas.
Espera-se ainda que o comunicado final do encontro, que deve ser divulgado na tarde desta sexta-feira, traga um compromisso dos países com altos deficits de controlar suas contas [controlem-se, gastem dentro de seus limites...] e de países com grandes superávits comerciais de estimular seus mercados internos para eliminar os desequilíbrios na economia mundial [não parem, impulsionem o capitalismo!].
Ainda assim, grande parte da atenção deverá estar voltada à Grécia, onde o premiê George Papandreou enfrenta um voto de confiança no Parlamento, o que contribui para as incertezas em relação ao plano de resgate do país.
SOLUÇÃO EUROPEIA
Vários líderes presentes na cúpula manifestaram a necessidade de uma solução clara e rápida para a crise [sempre a crise, cada vez mais presente, por que será?] que vem ameaçando se alastrar pelos países da zona do euro e contaminar a economia global [seria um efeito dominó].
Em declarações na noite de quinta-feira, o anfitrião da cúpula, o presidente da França, Nicolas Sarkozy, disse que a zona do euro precisa apresentar uma solução rápida para garantir o futuro da moeda comum europeia e passar uma mensagem clara de credibilidade para o resto do mundo.
"Se o euro afundar, a Europa afunda", afirmou Sarkozy. Segundo ele, a moeda comum é "a principal garantia de paz no continente [paz, garantia de paz... faça-me uma garapa!].
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, também destacou na quinta-feira a importância do combate à atual crise para garantir a recuperação econômica mundial. "O mais importante aspecto de nossa tarefa nos próximos dois dias é resolver a crise financeira aqui na Europa", afirmou.
A presidente do Brasil, Dilma Rousseff, que na manhã desta sexta-feira se reuniu com Angela Merkel, a chanceler (premiê) da Alemanha, maior economia da zona do euro, também se manifestou sobre a crise durante um discurso em uma das sessões de trabalho da cúpula na quinta-feira.
Dilma disse que o Brasil está pronto a contribuir para uma solução à crise européia [como sempre o subserviente Brasil está pronto para ajudar... ou melhor: tirar de sua população para entregar aos europeus...], mas cobrou dos líderes da região "liderança, visão clara e rapidez".
O presidente da China, Hu Jintao, afirmou esperar que a Europa consiga encontrar o caminho da recuperação. "A Europa é a maior economia global, e não haverá recuperação econômica global sem a recuperação econômica da Europa", disse.
AJUDA EMERGENTE
Um dos pontos em aberto nas discussões em Cannes é a possibilidade de os grandes países emergentes, como o Brasil ou a China, contribuírem financeiramente para ajudar os países europeus em dificuldades [isso, contribuam, aumentem as chances destes países tentarem se recuperar às custas do seu povo...].
Representantes dos Brics (grupo que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) já manifestaram disposição em contribuir por meio do FMI, o que estaria de acordo com o aumento do capital do fundo previsto no rascunho da declaração do G20.
Apesar disso, líderes do grupo também cobraram, como Dilma, que os próprios europeus eliminem suas divergências internas e coloquem em andamento o plano acertado na semana passada pelos países da zona do euro.
"A Europa deve se ajudar a si mesma, e a União Europeia tem tudo para isso hoje - a autoridade política, os recursos financeiros e o apoio de muitos países", afirmou o presidente da Rússia, Dmitry Medvedev.
O plano anunciado na semana passada previa uma capitalização para os bancos da região, um aumento no capital do Fundo Europeu de Estabilização Financeira, para ajudar os países em dificuldades, e o corte voluntário de 50% na dívida grega [rsrsrsrsrsrsss], em troca de mais medidas de austeridade para equilibrar as contas do país.
Mas o anúncio do governo grego de um referendo sobre o plano, no início da semana, provocou pânico nos mercados financeiros e gerou dúvidas sobre a capacidade dos europeus de implementarem o que foi acordado.
OS "NOVOS" PASTORES DE OVELHAS
Lendo à pouco a reportagem online da Folha de SP sobre a ocupação da USP pelos estudantes é inegável a identificação de sua falta de neutralidade diante dos fatos [apesar de sabermos que nunca teve].
Você pode encontrar a reportagem aqui:
http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/1002544-usp-pode-processar-invasores-por-danos-a-reitoria.shtml
Foto publicada na reprotagem de Rafael Sampaio à FOLHA, em 06-11-11.
O colaborador da FOLHA, Rafael Sampaio, trás "sua visão" [ou seria a visão do jornal?] do movimento e, fazendo uso de tudo o que aprendeu sobre redação de reportagens, consegue claramente "guiar" a opinião do leitor para o que deseja: descaracterizar o movimento dos estudantes, trazê-los para o leitor como arruaceiros ilógicos e inconsequentes.
Prova disso encontramos nos 64 comentários, até o momento, de leitores da coluna: TODOS os comentários confirmam a intencionalidade do redator, todos os comentários mostram o quão a opinião pública é guiada. O leitor foi conduzido a rechaçar o movimento, foi conduzido a acreditar que a USP deveria mesmo é ser mais "disciplinadora" para estudantes como estes.
À princípio a reportagem trás um breve resumo dos fatos, para aqueles que não lembram ou não acompanharam as notícias sobre o assunto. Em seguida busca retratar que os estudantes não são hospitaleiros e não estão "colaborando" com a veiculação das notícias.
Logo em seguida busca, na divergencia de posicionamentos dos estudantes, um foco para descaracterizar o movimento: como se cada grupinho de estudantes fizessem parte de "facções" esquerdistas com o intuito apenas de desestabilizar a ordem. Por último, mas não menos importante, trás uma suposta fala de uma mãe de um dos estudantes: "Pouca gente, não é?"
Essa é uma mensagem clara de que não precisa preocupar-se com a essência do movimento, pois o mesmo foi provocado apenas por "alguns" e, por isso, não tem tamanha importancia. Também encontra-se implícita ai uma mensagem para os demais estudantes da Universidade: fiquem de fora, isso não é para vocês, os que estão aqui são apenas extremistas...
O que fica para mim ao término da leitura, não só da reportagem referida, como também dos comentários feitos à ela é a confirmação do caráter ideológico a imprensa às causas do sistema. Como esta cumpre seu papel de formadora de opinião, de anguariadora de leitores contrários ao movimento dos estudantes. Se antes o papel de guiar a opinião pública era dos padres religiosos, hoje são os redatores que têm, nessa sociedade do conhecimento e da cibercultura, o papel fundamental de pastores de ovelhas.