Sempre que leio ou vejo referência aos proletários do mundo percebo que os textos discorrem como se falassem de uma classe alheia à nossa, de pessoas massacradas apenas financeiramente. Ao lermos determinadas referências logo pensamos nas pessoas que recebem minimamente pelo seu trabalho e que trabalham horas e horas por dia.
Espaço aberto à discussões críticas sobre filmes, livros, músicas, desenhos e demais linguagens que interligam nosso cotidiano, formando nossas opiniões, anseios e consciência de pertencimento.
quinta-feira, 30 de junho de 2011
sábado, 25 de junho de 2011
Encantando a aprendizagem
Que criatividade do professor Idalmir do VestPlus. Incrível como criamos maravilhas quando nos predispomos a encantar a aprendizagem...
Até eu resolvi rever os conhecimentos de química orgânica!!
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O poder dos mapas
No dia 18 de maio a revista VEJA publicou uma matéria entitulada: "Uma geração descobre o prazer de ler". Esta reportagem retratava a importância de livros como Harry Potter e Crepúsculo para o despertar do gosto pela leitura dos adolescentes.
Até ai nada de novo, uma vez que já li outros textos abordando o assunto, no entanto o que me chamou atenção foi como direcionaram a matéria para a progressão na leitura. Pessoas que iniciam o hábito de ler por livros que lhe agradem e, a depender de muitas variáveis, cuminam em textos mais elaborados, os chamados difíceis de compreender.
Entre uma página e outra da revista havia um mapa como este aqui:
Será mesmo que isto acontece?
terça-feira, 21 de junho de 2011
O que tem em comum 2 greves e uma citação?
Estudo na Universidade do Estado da Bahia, cursando Pedagogia e desde o dia 26 de abril que a mesma estava com as atividades acadêmicas paradas devido à greve dos professores. Recentemente foi anunciado o fim da greve e informaram à comunidade o retorno às atividades no dia 17/06/11, época de plenos festejos juninos, regionalmente aguardados com ansiedade. É neste contexto que escrevo pontuando os recentes acontecimentos.
Desde que o aparente fim da greve dos professores foi anunciado que os e-mais das turmas que frequento "andam" cheios de mensagens sobre o assunto. Nos e-mais "falamos" de duas greves: uma que terminou «a dos professores» e outra que está na eminência de começar «greve dos estudantes». À princípio motivadas por fatos diferentes, mas que se complementam. Motivos que estão altamente embricados e que necessitamos assentar a cabeça para refletir sobre o lastro de cada uma para assim entendê-las.
Claro que o ato de greve é sempre válido, uma vez que é uma forma do proletariado se fazer ouvir. Os professores reivindicavam, entre outras coisas, a falta de autonomia das Universidades, a mordaça econômica e intelectual imposta pelo governo. Os alunos questionam os semestres anteriores que foram condensados, o semestre atual que só deixando « a vida me levar» para acreditar.
Lhes digo que tudo isso é pequeno e antigo. Mas como assim?
Simples, reflita comigo: quantos anos tem a UNEB «28 anos»
Quantos anos já temos de governo WAGNER? «5 anos»
Desde quando lemos sobre a falta de incentivo à pesquisa, de arrochos nas Universidades pelo país? Historicamente "estes tempos" que citei acima são um grãozinho de areia na imensidão. Em outras palavras, em qualquer governo de nossa estrutura de Estado e economia capitalista esses "arrochos" irão acontecer. Muito difícil neste tipo de Estado dar-se autonomia plena às Universidades, reconhecer o importante papel do professor e da própria Universidade para o desenvolvimento do país e sabe por quê?
Porque isso seria perder poder, seria entregar à sociedade indivíduos bem formados e aptos para pensar por si mesmo e movimentar o pensamento de outros, repito: movimentar o pensamento de outros...
O Estado precisa disso? Quem detém o poder no Estado precisa disso?
Senhoras «es», para o poder estatal, principalmente no Brasil, pouco importa o sucateamento das Universidades, o descontentamento salarial, o pouco incentivo para formar pesquisadores e principalmente formação plena dos alunos destas Universidades. O que interessa é dar uma formação mínima, formar "cidadãos" mínimos para engrossar a massa proletária. Portanto faço minhas as palavras do saudoso professor Sebastião Heber:
"Nunca pare de estudar. O conhecimento evita que o mundo nos faça de tolos".
Sebastião Heber
Diante de tudo o que expus, o que faço?
1º Estão me dando de presente um semestre quebrado?
Estudo.
2º Estão condensando e transformando os semestres em mínimos dias letivos?
Estudo mais.
3º Deixam que os professores passem mais de 2 meses em greve, desresponsabilizando-se pelos prejuízos ao ensino?
Estudo, estudo, estudo, estudo muito mais...
Além do ato de greve, essas são as melhores respostas que podemos dar a este governo inóspito, a estes representantes de suas próprias causas pessoais: ampliação de nosso conhecimento! Fortalecimento de nossa classe!!
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sábado, 11 de junho de 2011
Musicalizando histórias
Na manhã deste sábado recebi um e-mail, de minha amiga Andréa Loreto, com o link para este vídeo.
Ao ler a mensagem logo me veio à cabeça a conversa que tivemos ontem sobre o vídeo [ela tentava me expor a roupagem nova que a VIVO tinha dado a nossa boa e velha música do Legião].
Assistindo o vídeo no Youtube a primeira coisa que senti foi saudade... ouvir a voz do Renato sempre me dá saudade...
Rememorando as músicas de uma das melhores bandas de minha adolescência uma ideia formou-se na minha cabeça e não poderia de deixar de postá-la... A forma como a Legião Urbana musicaliza uma história...
A banda, sozinha, tem, no mínimo, umas seis músicas que são verdadeiros contos, entre elas "Eduardo e Mônica", "Dezesseis", "Hoje a noite não tem luar", "Faroeste Caboclo", "Daniel na cova dos leões", entre outras e outras.
Ao ouvir estas músicas vamos formando em nossa cabeça o cenário, os personagens, a época da história, os conflitos, os encontros e desencontros da vida... ótimos recursos para ajudar nossos alunos a escreverem e desenvolverem suas próprias histórias e quem sabe conseguirmos que enfrentem o receio diante da escrita...
sexta-feira, 10 de junho de 2011
Sem saúde, até quando?
PARA COMPREENDER A PLENITUDE DESTE COMENTÁRIO PODE SER NECESSÁRIO QUE LEIA ESTE POST:
O que a OMS divulga como sendo saúde e/ou bom para a saúde é algo IDEAL mas não alcançável à maioria das populações do mundo. Se a mesma [OMS] declara que saúde é bem estar físico e psicológico então todos os países que seguem a linha de tratar APENAS dos sintomas não estão preocupados com a saúde e sim com a doença. Se trouxermos a problemática para a esfera brasileira a questão é realmente preocupante... onde está a medicina preventiva? em que lugar deixamos o bem estar? ele é apenas para quem, a priori, pode bancar? E a saúde de todos?
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Até quando vamos permitir que a industria alimentícia e farmacêutica brinquem com nossa saúde?
Atté quando será normal que empresas vendam produtos já conhecidos como maléficos à saúde, lucrem com isso e perpetuem e elevem por nosso país as estatísticas de diabéticos, hipertensos, cardíacos, obesos, anêmicos, etc, etc, etc?
"Até quando você vai levando porrada, porrada. Até quando vai ficar sem fazer nada?"
terça-feira, 7 de junho de 2011
3 episódios de violência
Apesar do que vou escrever não há em mim intenção de espalhar pânico, pois sei que este não é um fenômeno isolado de minha cidade, nem tão pouco na história da humanidade. Escrevo simplesmente por encontrar-me, por assim dizer, surpresa desta sucessão de fatos ter acontecido em minha presença, em tão curto espaço de tempo, logo eu que nada sei, nada vejo acontecer, nada, nada, nada,...
1º Episódio: Ontem, ao voltar para casa no costumeiro ônibus, estou lendo meu habitual livro quando me chama a atenção um rapaz em pé à conversar com uma senhora conhecida minha. Volto a minha leitura quando, parados num engarrafamento, próximo ao Hiperbompreço do Iguatemi-Salvador, este rapaz começa a correr pelo ônibus gritando para o motorista abrir a porta traseira do veículo. Muitas senhoras começaram a gritar, a demonstrar espanto, medo e nestas horas percebemos as reações inconscientes de cada um...
Este rapaz pula a roleta e desce do ônibus, retira da cintura uma arma de fogo e sai correndo em direção a um carro parado.
Motivo: devido ao engarrafamento os carros estavam em ritmo lendo, um ladrão aproveitou a ocasião, jogou uma pedra no vidro do carro de uma senhora que encontrava-se paralelo a nosso ônibus e roubou sua bolsa que, em má hora encontrava-se no banco do passageiro. O rapaz, de dentro do ônibus, visualizou tudo e sendo policial achou por certo cumprir seu dever.
Talvez fatos como este aconteçam corriqueiramente com você ou alguém que conheça, mas a mim chamou muito atenção pelo momento de ação, o por assim dizer ato de heroísmo do indivíduo «que dizendo as boas linguas fofoqueiras conseguiu recuperar a bolsa da vítima». Foi realmente uma cena de novela, sem falar que reavivou a esperança de que o quadro policial da cidade de todo não esteja perdido...
2º Episódio: Hoje, estando no ponto a espera do ônibus da mesma linha do que peguei ontem para eu ir trabalhar derrepente sou sobressaltada por um veículo S10 branco, em alta velocidade, parar abruptamente a uns dois metros de mim. Neste veículo tinham quatro homens: um dirigindo, um no banco do carona e dois na parte traseira, a maioria sem camisa, um com um ripão de madeira na mão. O veículo parou fazendo subir uma nuvem de poeira e dois dos ocupantes falaram palavrões em alto e bom som para um outro rapaz a meu lado.
No mesmo instante, como que reconhecendo os "visitantes" o rapaz a meu lado começa a correr e todos descem do carro, fazendo o maior estardalhaço, assustando as pessoas a volta e dão a correr atrás do rapaz. Este, usufruindo de todo seu vigor físico consegue abrir distancia dos perseguidores que, inconformados com o péssimo resultado da perseguição, voltam pro carro e saem em disparada dizendo em voz alta ir à caça do outro. Antes de irem um deles revela aos transeutantes que aquele rapaz que estava a meu lado havia perturbado um deles num bar e o encontrariam para desforra.
Resultado disso tudo: Não sei se conseguiram enconttrá-lo ou não, mas que muitas pessoas no ponto ficaram alarmadas, passando mal e espalhando o pânico de boca em boca isto sim eu vi e ouvi...
3º Episódio: Agora a pouco, ao sair do trabalho e me dirigir para o ponto de ônibus, estou eu com meus passos curtos e rápidos, distraída a olhar para um lado e outro em busca do melhor momento para atravessar a rua quando ouço quatro disparos de arma de fogo, muito próximos e, como que instantaneamente as pessoas começaram a correr, seja fugindo ou indo ver o que era. Aperto o passo e alcanço um homem deitado ao chão, baleado, muitas pessoas ao redor, a polícia a encostar o carro «deviam estar passando por ali», e pessoas a discutir o fato. Como a ´suposta vítima estava sendo socorrida me dei ao luxo de ficar a observar, seja com os olhos ou ouvidos. Em poucos minutos o veredicto...
... o homem deitado ao chão era dono de uma das lojas do Shopping em frente, por assim dizer, do local do crime, tinha discutido com outro rapaz "que não consegui ouvir quem era" e saiu à rua para tomar "um ar". O outro entrou no shopping e quando saiu já saiu atirando, disparando quatro vezes e acertando um tiro. Neste caso talvez a vingança não tenha sido doce...
Bons tempos estes que vivemos, em que a violência se torna completamente banal, em que meus motivos individuais justificam meus atos de violência contra o outro e os que estão a seu redor, seja esta violência direta ou indireta, concreta ou simbólica.
Bons tempos estes que nos conformamos em sentar para almoçar e ter para assistir na TV nada mais do que um replay do que acabo de descrever ou ainda mais funesto: trazendo manchetes espalhafatosas, imagens degradantes, relatos vulgares e acima de tudo ainda crer que isto é normal.
Bons tempos estes que nada disso nos surpreende, nada disto é incomum, tudo é banal, a violência praticada e propagada se torna banal, nada mais é incomum... e assim vamos acreditando que está tudo em seu devido lugar, tudo passa a povoar o inconsciente coletivo como normal, nada mais que NORMAL...
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