O enredo do livro, como já disse em outros posts, é simples, com um par de personagens em primeiro plano que tomam 95% de seu espaço (os outros 5% ficam por conta da descrição de lugares e todos os demais personagens, rsrsrsrs). Assim, analisaremos a questão da posse em 50 Tons de Cinza de apenas dois ângulos: aquele que caracteriza a personagem de Christian Grey e o que marca o jeito sem noção de ser de Anastásia Stylle.
Comecemos por Christian então...
Para o rico e poderoso Christian Grey tudo o que seja objeto de seu desejo pode ser adquirido, pode ser comprado. Nesta linha de raciocínio o TER fala por si completamente.
Sua relação "amorosa" com Anastásia não foge a esta regra e ele faz questão de lembrá-la o tempo todo com frases do tipo: "Você só terá a mim", "Você não será de mais ninguém", "Você me pertence", dentre outras e muito repetitivas.
Um amigo de Anastásia que represente perigo à sua possessividade é visto por Christian como potencial inimigo, um pensamento que Anastásia não queira traduzir em palavras para ele tem o poder de alterar o seu humor. Ele é o rei e à sua magestade nada se nega, ele tem de ter a seus pés o que e quem ele queira, simples assim...
Quanto à confusa Anastásia, apesar de não demonstrar tão acerbadamente seu sentimento de posse o tem em escalas tão dominadoras quanto Christian.
Quem duvida do que "digo" basta ler alguns trechos em que ela percebe alguma mulher olhando para ele, basta averiguar a forma como a autora descreve o descontrole emocional dela nestes momentos. Perceber SEU Christian sendo desejado por outras a impulsiona a fazer parte ainda mais de sua vida, enroscar-se no mundo de Christian Grey e todas terem a percepção de que ELE está com ELA, ele é dela.
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