sexta-feira, 27 de maio de 2011

Conhecimento em rede


Para que passemos a dar vez à uma educação voltada para a tecitura dos saberes, para que deixermos de pensar educação como compartimentação de disciplinas isoladas em si mesma e que não dão conta de sua própria finalidade: ampliar conhecimentos.

 Aprendemos quando fazemos relações, ampliamos saberes relacionando saberes, tecendo a colcha de retalhos do conhecimento a partir de diversos tipos de conhecimentos, que não são melhores uns que os outros, mas que se completam.

Me dou ao luxo de discordar do Mestre Morin no que se refere à educação planetária. Acredito que ela é maior que isso, é multiuniversal. Contudo diante dos paradigmas sociais de educação que temos seu pensamento/ensinamento colabora e muito para a percepção da necessidade de deseducar a escola de suas gavetas de saberes e pensar na plenitude do conhecimento. Neste meu aniversário convido-lhes a assistí-lo comigo. Esta é apenas a primeira parte, podem encontrar as demais facilmente no bom e velho Youtube...

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Concursados e serviço público

Vejam só como as coisas acontecem, né? Por vezes pensamos que tudo é obra do acaso, mas não é,... leiam para compreender como entendi sobre como funciona o serviço público...

Desde outubro do ano passado que estava sem poder solicitar livros emprestados à Biblioteca da Universidade do Estado, do Campus I- Salvador porque estava em dívida de um volume que não restitui à biblioteca.  Este era o livro:


Na verdade o livro sumiu. Não sabia onde o tinha guardado, nem tão pouco porque não o havia entregue à biblioteca. Em conversa com funcionários da instituição, na busca por soluções para meu problema, fui informada que deveria entrar em contato com a Coordenadora da biblioteca, Sra. Cristina. Em conversa com a mesma minha situação foi muito bem acolhida e informaou-me de que poderia estar fazendo a restituição da mesma obra, mesma edição ou edição superior, desde que em bom estado de conservação. 

Buscando o livro pelos sebos da cidade, em tempos de grana curta e apertada, não o encontrava por ser antigo e pontual em seu conteúdo. Nisto o tempo foi passando e nada de eu restituir o livro. Por vezes retornei à biblioteca buscando justificar à Sra. Cristina, coordenadora e, por conseguinte, à biblioteca do porque de minha demora. Numa destas vezes que me dirigi à Coordenação dei com a «cara na porta» pois a sala da coordenadora mudou de lugar. Encontrando a sra. Cristina fui informada que a partir daquele dia eu não mais trataria de problemas como esse diretamente com ela, pois estava sendo deposta do cargo.

Sai de lá como a pergunta que não queria se calar em minha mente e encontrando outros funcionários da biblioteca fui informada de que a Sra. Cristina era concursada como bibliotecária e poderia mudar de cargos no local de trabalho à «bel prazer» da direção.

Voltei pra casa e neste interim fui correspondendo-me por e-mais com outras bibliotecárias afim de encontrar uma solução para o meu problema. Por fim consegui encontrar o livro no site da Estante Virtual e o levei, feliz da vida, à biblioteca, num dia de sábado. Devolvi o livro, restituindo à biblioteca de minha falta. Na semana seguinte procurei a atual coordenadora para conversar sobre a multa por atrasos que estava registrada para mim, sendo que a gestão anterior estava a par de minhas dificuldades.


Consegui, à duras penas, que a atual coordenação revisse minhas multas por atraso, isso depois dela confirmar com a antiga coordenadora a veracidade do que eu estava informando-a. Circulando pela biblioteca, conversando com um funcionário aqui, outro ali,  descubro que por um problema pessoal coma nova direção da biblioteca Cristina, antiga coordenadora, foi substituida pela atual. A grande questão é que esta troca de coordenadoras gerou uma instabilidade no quadro de funcionários que alegam a mesma não ter as especificações de título necessárias para o cargo, nem tão pouco ser concursada para sequer trabalhar na biblioteca da Universidade do Estado da Bahia. E o pior: passou à frente de outros funcionários, concursados, que aguardam anciosamente por uma promoção à dez, quinze, vinte anos...

Neste momento foi que entendi a expressão: «entrar pela janela» que escuto desde pequena. O concursado para o serviço público entra «pela porta», não deve nem teme ninguém, torna-se um calcanhar de aquiles para outros funcionários que sintam-se incomodados com suas interferencias em nome do bem PÚBLICO, enquanto que pessoas que são NOMEADAS para exercer tal função são, digamos, partidárias de quem está no poder, irão contribuir horizontalmente com a gestão e assim manter tudo como «desejado».

Em pensar que isto não acontece apenas na Biblioteca do Estado, mas por todo Brasil, onde tiver uma representação qualquer do bem público, do bem estar social e  da boa e velha cidadania é assim caminha a brasilidade...

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Reflexões...



1- Comece por esta reflexão...

"Que país é esse- Legião Urbana, interpretada aqui por Capital Inicial in Youtube.


2- Usufrua desta outra como recheio...


"Pega ladrão"- Gabriel Pensador, in Youtube.


3- Finalize com esta aqui...

"Admirável gado novo- Zé Ramalho in Youtube.


...e não deixe de realimentar seu pensamento crítico sobre a realidade banalizada todos os dias pela mídia e pelas frases do tipo:"Vai mudar pra quê, sempre foi assim..."


Vigilância sempre!

domingo, 22 de maio de 2011



Quanto mais nos debruçamos a conhecer o Universo, mas nos surpreendemos e percebemos que nada sabemos... Recentemente o telescópio Fermi- programado especificamente para detectar raios gama- nos presenteou com esta imagem, esta bela imagem. Mas o que tem ela haver conosco?

Ela nos prova que o Universo está transmutando em matéria e em energia, organizando e reorganizando seu processo evolutivo... criando... e nós somos extensões deste Universo... não podemos esquecer isso... O que esta imagem nos mostra é luz, ou o que nos acostumamos a identificar como luz, mas o que ela promete é inovação, descobertas, evolução. Cada vez que nossos «olhos no espaço, que chamamos de telescópios» nos permite VER uma pequena centelha da organização do Universo abre caminhos para que avancemos em nossos estudos, avancemos em nossa percepção da realidade em busca do conhecimento de sua totalidade.

Um dia também foi assim quando espanhóis e portugueses debruçavam-se sobre o mar para desvendar seus mistérios, seus horizontes. Houve uma época em que acreditávamos que o mundo acabava após os limites do horizonte que avistávamos do mar, como numa banda de laranja que ao chegar a borda cairíamos. As grandes expedições marítmas nos mostrou que estávamos errados... nos mostrou que havia realidade além mar. Novas terras foram vistas, novos povos descobertos, novas culturas foram vivênciadas, mas acima de tudo nossa percepção do mundo se ampliara. 

Conhecer o Universo é preciso, contudo para conhecer é necessário antes de tudo que nos admiremos da realidade que surge à nossa percepção para depois apreendê-la e aqui encontra-se o objetivo deste post: mostrar a meus colegas professores, independente de sua área de atuação ou modalidade de ensino o seu papel crucial na vida das gerações de seres humanos que encontram-se à guiza de seus cuidados pedagógicos: fazer ciência em sala de aula, vivenciar ciência com seus alunos, fazer com que considerem o Universo admirável e, portanto, objeto de estudo. Cada um de nós empenhados nesta busca alcançaremos a finalidade de termos mais e mais mentes desejosas de conhecer o que ainda não sabemos, não vemos e assim avançarmos na descoberta do que hoje consideramos infinidade celestial, mas que um dia... um dia... ampliaremos nossa visão do que seja o Universo, o maravilhoso Universo...





quinta-feira, 19 de maio de 2011

Desabafo...

 
Vale a pena assistir este desabafo de Amanda Gurgel na Câmara dos Deputados do RN para que ampliemos nossa reflexão sobre a demasiada importância da Economia, dos números na educação, como se eles retratassem a realidade. O que fazem é apenas mascarar esta realidade para que ao olhar leigo dê a impressão de muito, de bom...

«Em nenhum governo a educação foi uma prioridade»
- Banalização da precariedade da Educação;
- Imediatismo X longo prazo;
- Concepção errônea da qualidade da Educação X professor;
- Professor três turnos em sala de aula;
- A realidade da condição de vida do professor;
- Necessidade de objetividade na Educação;
- Uso da mídoa para medicrizar as lutas do professor por melhorias;
                                             «...»

terça-feira, 17 de maio de 2011

Viagem ao centro da célula

USO DA TECNOLOGIA À SERVIÇO DA APRENDIZAGEM...

Planetário inflável é adaptado para simular uma viagem em 3D pelo interior celular, com direito a visitas ao citoplasma, núcleo e organelas. A ferramenta já faz parte do cotidiano escolar de Ribeirão Preto.

Por: Gabriela Reznik
Ciência Hoje online
Publicado em 04/05/2011



Um planetário inflável de 22m² imerge alunos e professores no universo da célula animal. O filme, exibido em 360° no seu interior, simula uma viagem em três dimensões pelos componentes celulares.

Concebida pela Casa da Ciência da Fundação Hemocentro de Ribeirão Preto, a exibição mergulha o viajante por um dos canais seletivos da membrana até o citoplasma. Dali, ele passa por organelas, pelo núcleo celular e pode até participar da captura de partículas extracelulares pelo lisossomo.

Inaugurado na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia em 2010, o Celularium – em alusão ao tradicional Planetarium – já é parte do cotidiano escolar de Ribeirão Preto e vem auxiliando alunos da região no aprendizado sobre o funcionamento e a dinâmica da célula.

“Nos livros didáticos, os alunos veem a célula como algo chapado, bidimensional. O vídeo faz a criança enxergá-la de forma dinâmica e em movimento, oferecendo outra perspectiva“, diz Vinicius Moreno Godói, um dos coordenadores do projeto.
O planetário itinerante atende sob demanda o ensino fundamental e médio em escolas de Ribeirão Preto e região. “Há um projeto para atender toda a rede do Hemocentro, que consiste em 180 cidades do interior do Estado de São Paulo”, afirma Godói. A ideia é levar a esses locais, além do Celularium, o projeto Doador do Futuro, um trabalho educativo do Hemocentro sobre a doação de sangue.


Almofadas e células de verdade

Colocar a cúpula em pé é a primeira etapa para a exibição do Celularium. “O planetário fica cheio em 12 minutos e o material é que nem macacão de piloto de Fórmula 1, infla e não pega fogo”, brinca Godói.
Depois de cheio, o espaço interno comporta um grupo de até 40 pessoas por vez. Elas são convidadas a relaxar sobre as almofadas e desfrutar do passeio celular. Dois mediadores apresentam o vídeo. Ao final de 17 minutos de projeção, o grupo é direcionado a uma atividade complementar, na qual observam células de verdade em microscópios.
Após a exibição do filme no Celularium, alunos observam células de verdade em microscópios. (foto: Assessoria de Imprensa do Hemocentro)


O filme exibido é uma animação gráfica computadorizada, elaborada pela Animalux, empresa incubada no Hemocentro. “A Animalux contribuiu com a parte técnica, enquanto os pesquisadores da fundação orientaram sobre o conteúdo científico do vídeo”, explica Godói.
A cúpula inflável e o projetor, de tecnologia fulldome digital, já pertenciam ao Hemocentro desde 2007, mas tiveram sua primeira aparição em público somente em 2009, numa exibição piloto.
Com apoio do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Terapia Celular, o Hemocentro conseguiu produzir um filme mais longo para a Semana Nacional no ano passado. A célula foi escolhida como tema tanto por estar presente no currículo escolar quanto por ser objeto de estudo do Centro de Terapia Celular do Hemocentro, que tem foco em pesquisas com células-tronco.



Ao 13 de maio...

À dias que "ando" num dilema: escrevo ou não escrevo sobre uma analogia que pensei recentemente? desenvolvo ou não sobre o assunto? Como a boa e velha vontade prevalece aqui está...

Numa das "viagens" de ônibus por minha cidade, Salvador, passou-me algo pela cabeça que casava firmemente com a proximidade da data do 13 de maio, dia de comemoração da "Libertação" dos escravos. Vejam abaixo:



Nova Paixão

Estive nas duas últimas semanas absorta na leitura das obras de uma das escritoras que mais gosto: Agatha Christie. Entre uma viagem e outra de ônibus, de casa pro trabalho e vice-versa, li os livros com as capas expostas abaixo e recomendo a todos que gostam de mistérios e novelas policias...




sexta-feira, 6 de maio de 2011


"Mãe é mãe durante todos os dias do ano", contudo, num contexto social em que a posse de objetos é mais importante que nutrir sentimentos, em que sentir-se bem  é sinônimo de comprar, consumir, a figura materna deixa de SER valorizada à todo momento (pelo que é) para TER seu dia, o Dia da Mães. Para não fugir à regra e, ao mesmo tempo, não sucumbir por completo à lógica capitalista aqui vai minha contribuição em favor da figura mais importante de nossas vidas...
... contudo não é bem um presente de filha para mãe, mas sim uma pequena reflexão em homenagem às mães que sentem-se "deixadas de lado" ao longo do ano e, em apenas um dia, aquele que concentra as expectativas comerciais de vendas, elas ouvem palavras melosas e presentes... seguidos do famoso: "Feliz Dia das Mães"!!!

Dêem suas respostas mães...

                                                                                               

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Presentinho...

Em tempos em que comemoramos a morte de Bin Laden ofereço os vídeos abaixo para os que acreditam nas falácias ditas/escritas pela propaganda do Estado, que representa a nação em favorecimento dos que dominam...
 Parte 1






Parte 2

Copiar e colar

Geração "Copy cola"



Quando cursava o 1º ano do Ensino Médio lembro que por vezes saia, após as aulas, para a biblioteca
pública da cidade.Isto porque necessitava pesquisar os assuntos dos "trabalhos" pedidos por meus professores e esta era minha alternativa mais barata. Lá chegando me dirigia ao setor com livros didáticos para pesquisa e o interessante era que você só poderia ter acesso aos livros portando apenas papel e LÁPIS, ou seja para ter acesso ao conhecimento impresso nos livros você teria de copiar e mal, já que à lápis é mais cansativo escrever páginas e mais páginas.

Quando assisti esta charge no youtube veio-me à cabeça estas lembranças e não pude deixar de registrar aqui sobre esta questão do copiar e colar. Dizem que é errado, desmerecem quem o faz, no entanto este ato é incentivado socialmente. Quantas horas perdi/dediquei a ler e registrar os benditos conteúdos que, ao chegar em casa, teria de fazer os ajustes, escolher o que seria aproveitado ou não para ser colocado no papel oficial?

Quantos destes "trabalhos de pesquisa" foram realmente trabalhados em sala de aula? Qual professor destinava tempo dialogando sobre a importância de ler, interpretar e escrever, em detrinimento da copia e cola? Que pais empenhavam-se verdadeiramente em saber o que "escrevíamos" nos "trabalhos"?

Um dos sonhos de consumo de nossos pais e avós era ter em casa as enciclopédias, se fosse BARSA então... como se nelas e somente nelas se concentrassem os conhecimentos do mundo, como se através delas fossemos ser conhecidos como mais inteligentes...

Falam tanto do jovem atual e suas pesquisas, nas agora modernas enciclopédias virtuais, como se este procedimento fosse da atualidade. Caros contemporâneos como eu, lembrem-se das perguntas nas provas da escola e reflitam pra si mesmos se a valorização não estava naquele que conseguia registrar nela, nas provas,  EXATAMENTE o que a professora tinha respondido na sala, ou o que você leu nos livros didáticos... supervalorizavam nossa técnica de memorizar conteúdo... de copiar e colar...

Estes jovens que hoje copiam e colam o conteúdo que encontram no GOOGLE são frutos dos ensinamentos de quem? O problema é realmente copiar e colar ou na falta de leitura e interpretação do que copia e cola?

domingo, 1 de maio de 2011

Pra comemorar nosso reencontro...

Música: Invejoso
Intérprete: Arnaldo Antunes


Podes encontrar a letra desta música aqui:



Talvez seja isso que o capitalismo tenha de melhor: saber usar nossa capacidade de invejar o que é dos outros. Desta forma nada se torna bom o suficiente e assim (re)investimos cada vez mais na ilusão de que existe algo/ alguém melhor do que aquilo/aquele que temos...

...e, em nossa mente passam imagens e mais imagens que a semiótica da mídia ideologizada subliminarmente impôs a nosso pensamento: "A SOLUÇÃO PARA NOSSOS PROBLEMAS ESTÁ NO CONSUMO!"


Tudo do outro é melhor que o nosso e, no desejo de TER, esquecemos de SER, causando o apagamento de nossa consciência...Consumimos na tentativa de que o objeto de interesse nos traga mais felicidade... nos coisificamos ao buscar sensações na aquisição material, nos tornamos objeto de nosso próprio desejo de TER, TER e TER melhor, melhor que os outros...

Que falta a imersão no pensamento de HEIDEGGUER, NIETZSCHE e SARTRE nos faz... que falta a busca pelo sentir nos faz, porque no fim é isso que temos: falta!