Nós trabalhadores sabemos de nosso direito de greve, sabemos que ela é um importante meio para forçar o Estado a ceder na mesa de negociações quando todas as reivindicações que tinham sido feitas foram ignoradas. No entanto, a forma como fazemos greve está trazendo resultados efetivos para a classe?
Se estamos permanentemente em luta contra este que media a distribuição absurda de renda no país e no mundo (o Estado burguês) fazer greve como sempre fazemos nos trás os resultados esperados? Quando estamos em greve nos reunimos todos num espaço, o espaço de concentração, de união para a disputa, mas esta atitude também nos deixa desfavoráveis.
Já vimos que as ações do Estado são sempre as mesmas: usar a força para estrangular o movimento. Já vimos também que todas as vezes em que isso aconteceu o movimento saiu fragilizado, perdeu apoio social e pouco conseguiu em conquistas efetivas. E desta forma fazemos exatamente o que o Estado desejava: nos entregamos em bandeja de prata para seu deleite.
Hoje em Salvador- Ba vivenciamos um estado de greve, talvez o mais temido pela população, por mexer diretamente com seu estado de segurança, sua fugaz sensação de que tudo “esta em paz”. Mas o que acontece com a greve se o dito governador ordenar a invasão do prédio da Assembléia Legislativa, como fez muitos outros governadores em diferentes outros lugares do mundo? O que acontece se a população continuar vendo este grupo de trabalhadores em disputa declarada como vândalos, “criadores de caso”?
Um momento como este, um momento de disputa totalmente declarada, era para estarem todas as categorias de trabalhadores em pressão contra o Estado. Sabemos que a união é o que faz a força, sabemos que independente se policiais ou professores somos todos trabalhadores em busca não de melhor lugar ao sol, mas de busca de alternativas para este sistema perverso que mede a todos pelo dinheiro que “recebem”.
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